quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Oie , buxudinhas !

Buxudinhas , eu tô meia sumidinha . Mas por que tá uma correria minha vida , é preparativo pra chá de bebe , chá de cozinha & os preparativos  pra festa do meu casamento que vai ser em Dezembro dia 08. Tenho que fazer antes que eu me sinta mais cansada , Fazer lista de convidados , convites , lembranças , Bolo , vestido de noiva ( eu já escolhi
 é LIIIIIIINDO )  E outras coisas que vem por ai . Mas sempre venho aqui pra falar sobre meu pequeno Pedro Miguel .

Beiiijos Buxudas lindas !

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pedro Miguel


BOOOM DIIA !

Oiiie buxudinhas lindas :P
 Hoje acordei muito cedo , muito cedo mesmo , mas sabe porque Pedro miguel fica me acordado e nao é só ele não é o MARIDÃAAAO tbm  kkkkkk .
Mas adoro acorda com ele me adulando , e miguel lutando MMA dentro da casinha dele .
Hoje nem vou pra escola , tenho consulta .  e devo levar uma bronca da medica , cara porque sou muito difícil de ganhar peso , eu não entendo . estou comendo tanto , toda hora estou com alguma coisa na boca , mas nao consigo ganhar muito peso , mas todo mundo diz que eu to mas cheiinha , será?
Na Escola mesmo eu não paro de comer , toda aula tou comendo , como bastante besteiras e coisas saudáveis tbm , pois penso no meu filho .
Deus queira que eu tenha ganhando uns 3 quilinhos a mais . (yn)
Ontem recebi o resultado do meu exame de infecção urinaria & o outro que é Curva Glicêmica , ainda bem que esta tudo bem . não tenho mas infecção , nem diabete gestacional . e é porque sou louca por chocolate , tudo que é doce , mas quando eu engravidei , eu enjoei bolacha recheada , por incrivel que pareça .kkkkkkkkk. Eu estou me sentindo tão pesada , me canso logo .
Ontem na escola miguel nao deixou mamae estudar , ficou me chutando , e quando minhas amigas colocavam a mão , não era que ele se amostrava mais , sei nao mas esse meu filho vai ser garanhãoo ! ( mãe coruja)

HAHAY , PEDRO MIGUEL ACORDOOU . kkkkk   !

Amor



A gente briga sim, a gente discute sim, a gente vira a cara um pro outro sim. Um dia ou outro a gente não se suporta. Ficamos de cara feia, chateados e mal-humorados. É errado isso? Não. Faz parte do amor? Faz. Porque quando a gente ama alguém, temos que amar ele inteirinho. Do jeitinho que é. Pacote completo. Sem tirar nem pôr e, muito menos, querendo mudar alguma coisa. Temos que aprender a gostar daquela mania chata que o outro tem, daquele jeito de quem não presta atenção nos detalhes nem se lembra de datas importantes. Temos que aprender a gostar daquele sorriso torto, daquele jeito irritante de fazer comentários ou falar sobre qualquer coisa que não nos agrade. Temos que aprender a gostar do cabelo desarrumado, e da cara amassada de quem acabou de acordar. Temos que aprender a gostar do jeito orgulhoso, e de quem quer ser o dono da razão. Sempre. E, se não gostar, pelo menos aceitar. Temos que aprender a gostar do teu filme preferido, porqu
e em um dia cansativo será ele que vocês dois irão assistir abraçados e deitados, um ao lado do outro. Temos que aprender a gostar (ou entender) que em alguns momentos o outro precisa de espaço, precisa ter um tempo para ele e mais ninguém. Nem mesmo para você. Mas nem por isso ele não queira ou não goste mais da tua companhia. Temos que aprender a gostar de tudo, tudinho. Das caretas, dos abraços mal dados, das implicâncias, dos ciúmes, das provocações, das vezes que o outro vai estar ocupado demais para você… Simplesmente tudo! E, mesmo assim, faz você continuar agradecendo todas as noites quando deita a cabeça no travesseiro pela pessoa maravilhosa que está ao teu lado, ocupando teu coração e cuidando do teu amor melhor que ninguém. Por ser quem mais te faz bem e feliz. Por ser quem te cuida, te protege e te dá a certeza de um “para sempre” que você jamais imaginou existir.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Hoje , 30 semanas .





Ai meeu Deus , só falta apenas 10 semanas , para a chegada do meu principe .
não vejo a hora de sentir as dores do parto , bom , eu quero o parto normal , não tenho medo da dor sei que essa dor é só na hora . " que deve doer pra c#@&¨$%#% " mas estou disposta pra enfrentar . Quando o povo me perguntar como eu quero o parto e falo que quero normal , o povo faz uma cara , deve pensar essa menina tão novinha não vai ter passagem , agora deram pra ser medico né ? As vezes penso que não vou ter passagem mesmo pra meu filho passar , mas minha tia ela faz parto e diz que eu vou ter o parto normal e ela que vai fazer o toque , só  vai deixar eu ir pro hospital quando a bolsa estourar , minha mãe diz que não , que quando eu começa a sentir as dores já vou logo pro hospital , sabe como é mãe né ?! [( não quer que eu sinta muita dor , se fosse pro ela eu tinha cesária )  MAS amanha , já vou falar com a medica pra ver o que ela acha .  to arrumando tudo , kkkkk claro né ninguém sabe o dia de amanha , vai que esse menininho queira  nasce antes do tempo ? se puxar ao pai que nasceu de 8 mês . meeu DEEEEUS !
MEU amor ele tem como um dom cara , ele sentiu quando a irmã dele ia ter bebe , até avisou a ela pra se arrumar que ia ser no domingo , pois não foi mesmo , tenho ate medo quando ele diz que o nosso filho vai nascer logo . kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk .
Eu fico pensado onde vou sentir as dores : SERÁ QUE VAI SER NA ESCOLA ? ou VAI SER NA MINHA CASA ? será que vai ser de manhã , eita se for de manhã , eu sempre fico só em casa , se for de tarde , to na escola, e se for a noite , é o melhor horário , que pego todo mundo em casa , ou sera de madrugada , se for , é serio meu amor e meu pai vai ficar tão nervosos e deseperados kkkkk, .
eu fico só imaginando cena : de chegar no quarto de mainha e bater na porta e falar : mãe, tou sentindo umas dorzinha aqui ,acho que vai nascer . kkkkkkkk  ou começar a gritar dizendo que a bolsa estouroou . minhas prima diz que vou ficar louca com isso , mas vocês me entender né ? nosso pesamento esta sempre nessas coisas . principalmente em como no bebe esta e  ver a hora dele chegar logo , pra ver a carinha dele , beijar e outras coisas .

Eita , vou ter que continua falando sobre isso outra hora , kkkkkkkkkk já tá na hora de me arrumar pra ir pra belissima escola .

Beijos buxidinhas , Ah , quero sabe como voces querem o parto de voces ? beijoos


 

kkkkkkkkkkkkk , eu como minha bela farda e minhas colegas me bajulando . kkkkkkkkk

Séries e filmes sobre filhos e gravidez


Programas de televisão e produções de cinema  fazem sucesso nas telas ao abordar os temas gravidez e a relação entre pais e filhos.  Recomendamos algumas obras que tratam desses assuntos.As dúvidas, alegrias e sofrimentos que mães e pais encaram durante a gravidez e na criação dos filhos rendem muitas histórias para cada família, além de inspirar filmes e séries de televisão.
-A obra mais recente que retrata esse universo é o filme O que esperar quando se está esperando, em cartaz nos cinemas. Mas, muitas outras tramas já se basearam nessa temática. Recomendamos filmes e séries dos últimos anos que abordam a gravidez e a relação entre pais e filhos, que vão da comédia ao drama.  [ JÁ FALEI DESSE FILME , É MUITO BOM RECOMENDO ]


 Diferentes formas de esperar
Cinco casais lidam com a experiência de tornarem-se pais de formas muito distintas na comédia O que esperar quando você está esperando. O filme é uma comédia inspirada no best-seller de mesmo nome da autora Heidi Murkoff e está em cartaz no cinema. O livro já vendeu 35 milhões de exemplares e é considerado a Bíblia para os futuros pais.
A fotógrafa Holly (Jennifer Lopez) está preparada para viajar o mundo a fim de adotar uma criança. Porém, seu marido Alex (Rodrigo Santoro) entra em pânico com a ideia e decide frequentar um grupo de apoio para pais de primeira viagem. Já a advogada e escritora Wendy (Elizabeth Banks), que costumava ser uma entusiasta da maternidade, terá dificuldade em lidar com as transformações que a gravidez causou em seu corpo e humor. Enquanto o marido dela, Gary (Ben Falcone), compete com o pai Skyler (Brooklyn Decker), casado com uma mulher muito mais jovem que está grávida de gêmeos. Após passarem uma noite juntos, os chefs Rosie (Anna Kendrick) e Marco (Chace Crawford) descobrem que serão pais, antes mesmo de terem tido um primeiro encontro. Já a guru da ginástica Jules(Cameron Diaz) e o marido, o dançarino Evan (Matthew Morrison), irão entender que a gravidez não é tão fácil como imaginavam.


  
Culturas diferentes, gracinhas iguais
O documentário Bebês acompanha o primeiro ano de vida de quatro crianças de diferentes lugares do mundo. Ponjiao é um nenê de uma tribo da Namíbia, Bayarjargal vive em uma tenda na Mongólia, Mari mora em um arranha-céu em Tóquio, no Japão,  e Hatite é de São Francisco, nos Estados Unidos. As diferenças culturais na criação das crianças ficam evidentes na obra, apesar de alguns acontecimentos serem universais nos primeiros meses de um ser humano. O documentário está disponível em DVD e Blu Ray.

A família que nasceu de repente
A banqueteira Holly Berenson (Katherine Heigl) e o coordenador de esportes Eric Messer (Josh Duhamel) nunca se deram bem, apesar de conviverem constantemente por serem padrinhos de Sophie, filha da melhor amiga de Holly e do melhor amigo de Eric. Porém, após a morte do casal de amigos em um acidente de carro, eles descobrem que foram nomeados os guardiões legais de Sophie. Pela afilhada, eles irão tentar conciliar as carreiras e a vida social com a nova família. Esta é a trama do filme Juntos pelo acaso, que está disponível em DVD e Blu Ray.
A mãe malabarista
Kate Reddy (Sarah Jessica Parker) se divide entre a carreira de executiva, o marido, o arquiteto Richard (Greg Kinnear), e os dois filhos: uma menina de seis anos e um bebê, na comédia Não sei como ela consegue. Conciliar todas essas atividades não é fácil para Kate e fica quase impossível quando ela inicia um novo projeto no trabalho que implica em frequentes viagens. Essa mudança pode desequilibrar todo o malabarismo que Kate tem feito para equilibrar família e carreira.  O filme está disponível em DVD e Blu Ray.


Os desafios de criar um bebê
Na série de comédia Up all night, o casal Reagan (Christina Applegate) e Chris (Will Arnett) têm carreiras bem sucedidas e uma vida social intensa, até que Reagan engravida. Com o nascimento de Amy, Reagan tentará conciliar a profissão de produtora com a maternidade, enquanto Chris irá abrir mão da carreira como advogado para cuidar da filha. Os dois terão de lidar com poucas horas de sono e muitas novas descobertas sobre como criar um filho. A série é transmitida no Universal Channel, com episódios duplos, todas as quartas-feiras, entre às 22 e 23 horas.

O fim do reinado do filho único
Nicolau (Maxime Godart) é filho único e, após ouvir uma conversa entre seus pais, passa a acreditar que sua mãe está grávida. O menino entra em pânico com a possibilidade de ter um irmão caçula. Para provar o quanto é indispensável para seus pais, ele tenta agradá-los de diversas formas. A tática não funciona e o garoto e os amigos passam a elaborar diversos planos. Porém, ao conhecer um menino que tem um irmão caçula e que explica o lado positivo de se tornar o irmão mais velho, Nicolau muda de opinião e fica animado com a gravidez da mãe. Entretanto, novas surpresas o aguardam. Esta é a trama do filme O pequeno Nicolau, que está disponível em DVD e Blu Ray.


As muitas maneiras de se formar uma família
A série Modern Family conta a história de uma família que foge do convencional. Jay Pritchett (Ed O’Neill)  é um homem mais velho com dois filhos adultos, mas que casou pela segunda vez com a bela colombiana Gloria (Sofía Vergara), também com um filho de outro relacionamento. Jay é pai de Claire (Julie Bowen) e Mitchell (Jesse Tyler Ferguson). Claire é casada e tem três filhos, duas adolescentes e um garoto. Mitchell é gay e namora Cameron (Eric Stonestreet) com quem adotou uma bebê vietnamita.  A série de comédia apresenta os questionamentos dos pais na criação dos filhos em cada fase da vida deles, independentemente do quão peculiar a família seja. Modern Family passa no canal Fox todas as quartas-feiras, às 23 horas.


O homem grávido
Em Se eu fosse você 2 passaram-se alguns anos desde a troca de corpos do casal Claudio (Tony Ramos) e Helena (Gloria Pires). As brigas voltaram a ocorrer e se tornaram tão sérias que eles decidiram se divorciar. Porém, quando estão prestes a formalizar a separação, eles trocam de corpos novamente. A situação fica ainda mais difícil quando a filha do casal, Bia (isabelle Drummond), de 18 anos, descobre que está grávida e irá se casar. Contudo, não é apenas ela quem terá um filho, Helena será mãe pela segunda vez, mas quem passa por todas as experiências da gravidez é Claudio. O filme está disponível em DVD e Blu Ray.


Gravidez inesperada, casal improvável
No filme Ligeiramente Grávidos, Alison (Katherine Heigl) acaba de ser promovida no trabalho e decide comemorar em uma balada onde encontra Ben (Seth Rogen). Após muitas bebidas, os dois acabam transando e dois meses depois ela descobre que está grávida. Pelo filho que está a caminho, a linda e bem sucedida Alison decide namorar o desempregado e gordinho Ben. A comédia mostra o casal tentando fazer com que o relacionamento dê certo, enquanto precisam lidar com todas as descobertas de uma primeira gravidez. O filme está disponível em DVD e Blu Ray. 

Tudo ao mesmo tempo
Em Uma mãe em apuros, Eliza Welch (Uma Thurman) é uma escritora, blogueira e mãe de dois filhos pequenos. Ela irá passar por dificuldades ao planejar a festa de aniversário de seis anos da filha mais velha, enquanto divide as atenções com o caçula que está aprendendo a andar. A participação no concurso de uma revista para pais demanda que ela escreva um texto de 500 palavras sobre maternidade e outros problemas do dia a dia, o que contribui para tornar a vida de Eliza ainda mais confusa. O filme está disponível em DVD e Blu Ray.


O fim da vida perfeita
O casal Angela (Heather Graham) e Curtis (Jerry O’Connell) é bem sucedido profissionalmente. Ela é vice-presidente de uma empresa e ele é advogado, tem uma bela casa e um relacionamento apaixonado. Porém, tamanha perfeição é abalada com a gravidez inesperada de Angela. O casal terá que lidar com os ciúmes e suspeitas um do outro, além da chefe (Lara Flynn Boyle) mandona de Angela. Esta é a trama da comédia romântica Bebê a bordo, que está disponível em DVD e Blu Ray.


Engravidar, namorar e casar
No filme Plano B, Zoe (Jennifer Lopez) deseja ter um filho, mas não consegue encontrar o homem certo para formar uma família, por isso recorre à inseminação artificial. Ao deixar o consultório logo após o procedimento, ela conhece Stan (Alex O’Loughlin). Os dois se apaixonam e começam a namorar, porém ela descobre que está grávida. O novo casal terá que encarar um início de namoro com as descobertas da primeira gravidez, nesta comédia disponível em DVD e Blu Ray.

A vida amorosa depois dos filhos
O filme Solteiros com filhos mostra a história de pessoas que tiveram a vida e os relacionamentos modificados após o nascimento dos filhos. Julie (Jennifer Westfeldt) e Jason (Adam Scott) são amigos desde o colegial, eles decidem ter um filho juntos e manter apenas a relação de amizade. O casal Leslie (Maya Rudolph) e Alex (Chris O’Dowd) formam o par perfeito, porém após o nascimento dos filhos passam a ter que se esforçar para  manter o casamento vivo. Já Missy (Kristen Wiig) e Ben (Jon Hamm), um casal apaixonado que não consegue se separar por um instante, irá passar por dificuldades no relacionamento e muitas decepções um com o outro após se tornarem pais. O filme estará disponível para locação a partir de 31 de agosto.

A gravidez na adolescência
Após ter a sua primeira transa, a adolescente Juno ( Ellen Page) descobre que está grávida do amigo Bleeker (Michael Cera), no filme Juno. Com o apoio do pai e da madrasta, a jovem decide que irá dar seu filho para a adoção e se dedica a encontrar os pais ideais antes que o bebê nasça. Ela conhece o casal Mark e Vanessa (Jason Bateman e Jennifer Garner) que parecem ser os pais certos, porém imprevistos ainda irão ocorrer durante a gravidez de Juno. O filme está disponível em DVD e Blu Ray. 



Um filho marciano
O escritor de ficção cientifica David (John Cusack) tornou-se solitário e passou a evitar o contato afetivo com outras pessoas desde que sua noiva morreu. Mas, ele sempre teve o desejo de se tornar pai e dois anos depois ele decide adotar uma criança. O garoto que se torna seu filho é Dennis (Bobby Coleman) que acredita ser um marciano em missão na Terra. O filme Ensinando a viver mostra como David e Dennis irão se adaptar a esta nova família e está disponível em DVD e Blu Ray.


Uma família no limite
Em Uma prova de amor, desde os primeiros anos de vida a adolescente Kate (Sofia Vassilieva), 15 anos, convive com a leucemia. Para combater a doença, seus pais (interpretados por Cameron Diaz e Jason Patric), que já tinham um menino, decidiram ter uma filha de proveta. Aos 11 anos, a caçula já passou por diversos procedimentos para ajudar a irmã e agora terá que enfrentar o mais agressivo deles: doar um rim. Porém, ela decide entrar na justiça para conseguir a emancipação médica dos pais e, assim, poder decidir o que fazer com seu corpo. O filme está disponível em DVD e Blu Ray.  

A identidade sexual das crianças
Tomboy é uma expressão em inglês atribuída a garotas que gostam de brincadeiras de meninos. No filme Tomboy, Laure (Zoé Héran) de 10 anos, vai além das brincadeiras. Ela não se sente como uma menina e então aproveita a mudança para o subúrbio da cidade para se vestir como garoto e se apresentar, às demais crianças da vizinhança, como Mickäel. O curioso do filme é que, diferentemente das demais obras que abordam a confusão de um personagem sobre a identidade sexual, a família de Laure, pais e irmã caçula, é extremamente amorosa e lhe dá liberdade para agir como um garoto.



Criando um psicopata
O filme Precisamos falar sobre o Kevin é baseado no livro de mesmo nome do autor Lionel Shriver. Kevin é um adolescente americano de 16 anos, que cometeu uma chacina em uma escola. Após a tragédia, a mãe do jovem, Eva (Tilda Swinton), reexamina sua trajetória a fim de entender o que saiu errado na criação do filho. Portanto, o filme volta ao passado e mostra a vida de Kevin desde o nascimento, as dificuldades enfrentadas por Eva e pelo marido (interpretado por Ezra Muller) em lidar com o filho. O filme está disponível para locação.

















60 perguntas e respostas sobre o parto


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Normal, natural, humanizado ou cesárea? O especialistas vai tirar todas as suas dúvidas sobre a hora H – o nascimento



Trabalho de Parto

1. Quais exames devo fazer antes do parto?
Além dos exames normais do pré-natal, é preciso fazer a cultura de secreção vaginal para pesquisar a presença do Streptococo agalactie. Trata-se de uma bactéria que coloniza os tratos intestinal e genito-urinário, que pode contaminar o bebê na hora do parto normal, levando a quadros graves, como pneumonia, meningite e até septicemia.

2. É mesmo necessário fazer a tricotomia, o corte dos pelos pubianos?
Não há consenso. Muitos especialistas defendem que os pelos pubianos garantem maior proteção e a retirada deles pode até dificultar a cicatrização no caso de infecções.

3. E a lavagem intestinal?
Há duas posturas. Alguns médicos consideram o procedimento necessário porque no parto normal, ao passar pelo assoalho pélvico, no final do canal de parto, o bebê espreme o reto e, se houver grande quantidade de fezes, elas serão expelidas no momento da expulsão do bebê, podendo contaminá-lo e ainda infectar o corte da episiotomia.

No entanto, outros obstetras, defensores do parto natural, acham que a lavagem é absolutamente desnecessária e alegam que a própria Organização Mundial da Saúde cita essa rotina como um dos fatores capazes de atrapalhar o trabalho de parto. Segundo Andréa Campos, ginecologista e obstetra da Casa Materna (Gama, Grupo de apoio à Maternidade Ativa), não há nenhum problema se a mulher evacua na hora do nascimento.

4. A episiotomia, aquele corte cirúrgico no períneo, é obrigatória?
Existe uma grande controvérsia sobre a necessidade daquele corte que o médico faz no períneo para facilitar a saída do bebê. Alguns profissionais acreditam que o parto só pode ser considerado normal pra valer se não houver episiotomia nem anestesia.

O fato é que, dependendo do caso, a saída do bebê pode causar, sim, lacerações na mãe. E a episiotomia tem a vantagem de ser uma lesão controlada, que não causará danos em nervos e que será capaz de abreviar o parto em algumas circunstâncias – o que é muito positivo para a musculatura da região.

“A episiotomia preserva os músculos da região perineal, evitando problemas futuros”, diz a ginecologista e obstetra Lúcia Hime. “Nunca me arrependi de fazer a episiotomia em pacientes, mas já me arrependi do contrário”, faz eco o obstetra Flávio Garcia Oliveira. “O procedimento funciona bem quando há necessidade de urgência no nascimento”, exemplifica Andrea Campos.

5. Em quais casos se usa o fórceps?
Até hoje, quando há uma demora na expulsão da cabeça, o médico lança mão de instrumentos para ajudar a saída do bebê. São os chamados fórceps baixos, ou de alívio, só para que a criança não fique muito tempo no canal vaginal, podendo apresentar problemas de oxigenação. Já os fórceps ditos altos, em que o médico puxa o bebê lá de cima, tendem a desaparecer porque são extremamente agressivos – não raro, causam lesões neurológicas no bebê e lacerações na mãe.

6. Por que o cordão umbilical no pescoço preocupa tanto se o oxigênio não passa pelo pescoço do bebê?
Essa preocupação, comum entre as futuras mamães, é mais folclórica, porque é muito comum ouvir alguma história catastrófica envolvendo cordões. Os médicos não se preocupam tanto com isso – até porque 20% dos bebês têm o cordão enrolado em alguma parte do corpo sem que isso provoque nenhuma complicação.

7. Quando se recomenda fazer uma indução do parto?
Ela pode ser indicada em várias situações. A mais comum é quando a data provável do nascimento ultrapassou os 15 dias de tolerância. Mas ela só poderá ser iniciada se o colo estiver favorável. A indução também pode ser feita para abreviar a gestação em função de possíveis riscos à mãe e ao bebê, incluindo doenças como a hipertensão e o diabete.

Seja qual for o motivo, para induzir ao parto o médico lança mão de drogas capazes de provocar contrações do útero e a dilatação do colo. E elas não são livres de riscos: a intensidade e a frequência das contrações podem ser maior do que o necessário, causando hemorragias e sofrimento fetal. Quando isso acontece, a única saída é realizar uma cesárea de emergência.

8. Quais os sinais do trabalho de parto?
São muitos e variam de mulher para mulher. Podem começar com dores na região lombar que se irradiam para o abdômen, deixando a barriga dura mais ou menos a cada meia hora – são as famosas contrações. Calma! O simples surgimento delas não significa que chegou a grande hora. É preciso que a mulher sinta duas contrações de 40 segundos a um minuto e meio no período de dez minutos para se ter a certeza de que o parto está mesmo para acontecer.

Em outras mulheres, porém, o trabalho de parto se anuncia com um discreto sangramento genital ou ainda com a rotura da bolsa, derramando todo o líquido em seu interior. Outro sinal importante é a dilatação do colo uterino acima de 2 centímetros, mas isso só o médico pode observar.

9. O que fazer se a bolsa rompe?
Avise seu médico. Não é preciso sair voando nem se desesperar se o líquido for claro. O bebê não vai escorregar! Mas, se o fluido estiver escuro, corra para o hospital. A coloração escurecida indica a presença de mecônio, como os médicos chamam as primeiras fezes do bebê – e, se ele defecou na barriga, é sinal de que está sofrendo.

10. Como identificar se a bolsa está fissurada?
A rotura da bolsa normalmente leva à perda de uma grande quantidade de líquido. Quando acontece apenas uma fissura, sai um pouquinho de fluido, que parece um corrimento. Aliás, fissuras assim são relativamente raras e não trazem grandes problemas nem para mãe nem para o bebê.
11. Quais as características do líquido?
Ele é claro e tem um cheiro que lembra o de água sanitária. Se estiver escuro, pode sinalizar a presença de mecônio, as fezes do bebê.

12. Quanto tempo dura o trabalho de parto? Há um limite razoável?
Nas grávidas de primeira viagem, ele costuma durar entre oito e 12 horas. Em geral, após 12 horas de trabalho de parto, é preciso avaliar cuidadosamente as condições da mãe e do bebê para verificar se é possível continuar esperando. “Não há limite, mas existe prudência”, frisa a ginecologista Lúcia Hime. É necessário que, durante todo o tempo, mãe e filho estejam bem. De qualquer modo, essa duração tende a diminuir nos partos seguintes. No segundo filho, por exemplo, costuma variar de quatro a seis horas, e no terceiro, de duas a três.

13. Como diferenciar uma contração verdadeira de uma falsa?
As contrações que sinalizam o início do trabalho de parto se repetem com frequência geralmente sincrônica, regular – por exemplo a cada 30 minutos, a cada dez, a cada cinco.... Além disso, na medida em que o tempo passa, o intervalo entre elas sempre diminui e elas vão se tornando mais intensas e doloridas. As dores começam no fundo do útero e se espalham sempre para baixo, no sentido barriga, região lombar e pelve. Já as falsas contrações podem ser doloridas, mas não têm regularidade nos intervalos. Não ficam necessariamente mais fortes na medida em que o tempo passa e sua dor se espalha em qualquer direção, em vez de seguir a rota da barriga para a região lombar e da região lombar para a pelve.

14. Exercícios, como a caminhada, favorecem a dilatação?
Eles não ajudam a abertura do colo, mas favorecem a descida do bebê. Por isso, muitas vezes a grávida é estimulada a caminhar durante o próprio trabalho de parto.

15. O que fazer na hora das contrações para aliviar a dor?
Massagens, principalmente na região lombar, banhos de água morna e permanecer sentada sobre aquelas bolas grandes de fisioterapia. Tudo isso gera relaxamento e diminui o tormento.

16. Há como se preparar durante a gravidez para facilitar o trabalho de parto?
Os exercícios físicos, bem como os respiratórios, ajudam a mulher a chegar ao momento do nascimento com um condicionamento mais adequado. O pilates, por exemplo, fortalece a musculatura abdominal e isso ajuda. Na hora agá, um abdômen mais forte facilita ajuda a empurrar o bebê pelo canal vaginal.

17. Por que dizem que a mulher deve parar de comer e beber ao entrar em trabalho de parto?
Isso não é obrigatório. O problema é que as contrações às vezes causam náuseas e, se o estômago estiver cheio, podem desencadear vômitos. Além disso, dependendo da anestesia que será administrada, também podem ocorrer sintomas desagradáveis se a mulher tiver ingerido alguma coisa.

18. Afinal, a Lua influencia o trabalho de parto?
Esse fenômeno não tem nenhuma comprovação científica. Mas especula-se que haja uma explicação física por trás dessa antiga crendice. Assim como está comprovado que a lua cheia tem influência sobre o deslocamento de águas elevando as marés, pode-se imaginar que ela atuaria sobre o líquido amniótico, e o bebê seria empurrado com maior intensidade sobre o colo do útero, estimulando o início do trabalho de parto.
O parto normal

19. Quais os benefícios de um parto normal para a mulher?
A grande vantagem é que não se trata de uma cirurgia propriamente dita, com vários cortes e suturas. Portanto, o risco de infecção e hemorragia é menor. Pelo mesmo motivo, a recuperação no pós-parto é melhor. O parto normal também favorece a amamentação, porque dispara uma enxurrada hormonal, avisando o organismo que é hora de começar a produzir leite. Isso sem contar que a relação entre mãe e filho tende a se estabelecer mais cedo, já que a mulher participa ativamente do nascimento.

20. E para o bebê?
Estudos mostram que a criança respira melhor, se ela nasce via vaginal. Isso porque, ao passar pelo canal de parto, o pequeno tórax sofre uma compressão que ajuda a expulsar o líquido de dentro dos pulmões. E isso facilita suas primeiras respirações fora do útero, diminuindo o risco de infecções. Por esse motivo, aliás,o risco de o bebê nascer com o chamado desconforto respiratório é maior nas cesáreas.

21. Quais as grandes contraindicações para um parto normal?
Quando há desproporção entre o diâmetros da cabeça do bebê e o da bacia da mãe, se a mulher sofre de cardiopatias graves ou se há sofrimento fetal e materno agudos. Em outros casos, a contraindicação é relativa – e aqui estamos falando nas doenças capazes de levar à baixa oxigenação do bebê durante o parto, como hipertensão arterial materna e pré-eclâmpsia grave.

22. Bebê grande impede o parto normal?
Se a bacia da mãe for incompatível, isto é, muito menor, sim.

23. Bacia estreita impede o parto normal?
Se o bebê for grande, sim.

24. Depois de ter um filho por meio de cesárea, o segundo pode nascer de parto normal?
A mãe que já sofreu uma cirurgia não precisa obrigatoriamente passar por outra. Mas deve-se avaliar cuidadosamente o risco de ruptura do útero, uma das principais contraindicações para o parto normal nessa situação. O importante sempre é o seguinte: opção pela via de parto vai depender das condições tanto da mãe quanto do bebê.

25. Depois de ter um filho por meio de cesárea, o segundo pode nascer de parto normal?
A mãe que já sofreu uma cirurgia não precisa obrigatoriamente passar por outra. Mas deve-se avaliar cuidadosamente o risco de ruptura do útero, uma das principais contraindicações para o parto normal nessa situação. A opção pela via de parto vai depender das condições materno-fetais.

26. A possibilidade de parto normal é descartada quando a gravidez é de gêmeos?
Aqui a possibilidade de um parto normal está ligada à posição do segundo bebê. Se o primeiro estiver encaixado e o segundo atravessado na cavidade uterina, em geral o médico opta pela cesárea. Aqueles com vasta experiência em parto natural, no entanto, estão habilitados a fazer manobras que reposicionam o segundo bebê , descartando a necessidade da cirurgia.

27. Quais as possíveis complicações de um parto normal?
As mais comuns são hemorragias, infecções e problemas na progressão do trabalho de parto.

28. E como preveni-las?
O sangramento excessivo, principalmente logo após o nascimento do bebê, pode ser prevenido com um parto bem conduzido, capaz de evitar lesões e lacerações no canal de parto, além da correta expulsão ou retirada da placenta. Quando o problema é causado por uma falha na contração do útero, o uso de drogas específicas pode evitar verdadeiras catástrofes hemorrágicas.

29. Como é o pós de um parto normal?
Ele exige apenas cuidados com a região perineal em termos de assepsia. A mulher será orientada a lavar a cicatriz da episiotomia com água e sabonete durante o banho.

30. É verdade que muitos partos normais podem levar à incontinência urinária?
O parto normal – ou vários partos normais, que sejam – são apenas um dos fatores que levam ao problema. Há outros aspectos envolvidos, como o estado da musculatura. A própria gestação libera hormônios que a deixam mais flácida. Então, em tese, até quem passou por uma cesárea pode ter incontinência por causa da gestação. O problema do parto normal é quando ele é mal conduzido, durando mais do que o necessário, o que deixa o assoalho pélvico fragilizado.

31. Há como prevenir esse problema?
Um bom pré-natal e um parto bem conduzido são capazes de afastar o risco de incontinência urinária.
32. Por que alguns médicos esperam até a 42ª semana? E por que outros não?
A gestação compreende 40 semanas. Ao passar desse prazo, chegando perto das 42, ela já está se prolongando demais. No final da gravidez, a placenta envelhece e deixa de cumprir bem sua função de levar nutrientes e oxigênio ao bebê. Daí que, nessa fase final, a necessidade de controlar as condições da mãe e do filho é muito maior.

A cesárea

33. Como é feita a cesárea? É verdade que o médico abre oito camadas de tecido da barriga?
É isso mesmo: na técnica mais usada, o cirurgião corta a pele, a gordura subcutânea, a aponeurose (invólucro ao redor da musculatura abdominal), o músculo, o peritôneo parietal (membrana que forra a parede abdominal), o peritôneo visceral (que reveste as vísceras), a parede uterina e a bolsa das águas para chegar ao bebê. Tanto a incisão da pele quanto a do útero são feitas de forma transversal. Após romper a bolsa, o médico retira o bebê e verifica sua oxigenação. Em seguida, ele corta o cordão umbilical e o pequeno é levado ao neonatologista. Depois, retira manualmente a placenta e limpa e toda a cavidade uterina dos tecidos que se formaram na gravidez. Só depois disso tudo, ele começa a fechar as camadas, terminando com a sutura da pele.

34. O que é o coeficiente Apgar?
É aquela nota que os bebês recebem logo ao nascer. Criado pela anestesista inglesa Virginia Apgar na década de 1950, o índice avalia cinco características do recém-nascido no primeiro e no quinto minuto de vida. O objetivo é checar sua vitalidade e como anda sua oxigenação fetal.

Os cincos aspectos avaliados são: a cor da pele, a frequência cardíaca, o esforço respiratório, o tônus muscular e como o bebê responde a estímulos. Cada um deles recebe uma nota de 0 a 2. Se a soma dos pontos resultar em uma nota entre 7 e 10, a criança é considerada normal. Um resultado menor do que 6 sugere que ela sofreu consideravelmente durante o parto ou mesmo antes dele e o neonatologista deve tomar medidas imediatamente.

35. Quanto dura a cirurgia?
Isso varia de médico para médico e de caso a caso. Numa cesárea sem intercorrências, a duração costuma ficar entre 40 minutos e uma hora.

36. Como é o pós-parto de uma cesárea?
Normalmente, a paciente já começa a se alimentar e a andar depois de oito a 12 horas. Mas vale dizer: a maioria das mulheres que passa pela cirurgia sente dor nos primeiros dias.

37. Quais as possíveis complicações de uma cesárea? Como preveni-las?
Basicamente são as mesmas do parto normal, somados alguns outros riscos por se tratar de um procedimento cirúrgico. Entre eles, lesões de órgãos como a bexiga e os ureteres e até mesmo a laceração da incisão uterina. Tudo isso, claro, é evitado quando a operação é realizada por um bom médico e com o uso profilático de antibióticos, que entram em cena para barrar eventuais infecções.

O pós-parto da cesárea

38. Por que a barriga parece ficar mais flácida após a cesárea e demora mais para voltar ao normal?
Isso não é verdade. A barriga pode ficar flácida em ambos os tipos de parto, ou não. Isso depende muito mais de como a mãe se preparou durante a gravidez para fortalecer a musculatura abdominal.

39. Aliás, em quanto tempo a barriga volta ao normal?
Em geral, em seis meses a mulher volta a ter a barriga de antes, tanto após a cesárea quanto no parto normal. Mas isso também depende do estímulo precoce do abdômen.

40. É possível fazer exercícios para a barriga logo no início?
Não só é perfeitamente possível, como recomendado. É mito pensar que as mulheres que passaram por uma cesárea não podem forçar a barriga porque estão doloridas ou usando cinta. Esse conceito está mudando muito hoje em dia. Os médicos tendem a aconselhar exercícios abdominais precocemente. Mas voltar à academia somente, bem, aí só após um mês.

41. Em quanto tempo pode-se dirigir?
Não importa se o parto foi normal ou cesárea: recomenda-se pegar no volante só após dez dias. A restrição, na verdade, está muito mais ligada às perdas de sangue, que podem deixar a mulher fraca, com tonturas.

42. E fazer atividade física?
Exercícios abdominais superiores, perineais ou para a musculatura das pernas e dos braços podem começar já no pós-operatório imediato. Mas voltar à academia somente após um mês – seja qual for o tipo de parto.

43. E ter relações sexuais?
Poucos casais seguem a recomendação à risca, mas o ideal seria esperar 40 dias, quando tudo já estiver cicatrizado. As primeiras relações devem ser mais cuidadosas, pois a vagina tende a ficar menos lubrificada.

44. Quando posso me levantar?
A mulher que acaba de dar à luz deve andar o quanto antes. Isso melhora o funcionamento do intestino e da bexiga e evita complicações tromboembólicas – quando o sangue coagula dentro das veias, principalmente nas pernas.

45. Quando o intestino volta a funcionar?
Não se assuste se ele demorar um pouco para voltar ao normal. Principalmente nos casos de cesárea, sempre fica uma pequena quantidade de sangue dentro do abdômen que dificulta o movimento do intestino. Por isso, nos três primeiros dias recomenda-se uma dieta rica em fibras.

46. E quando a bexiga volta ao normal?
Fica difícil urinar após a anestesia. Por isso, instala-se uma sonda durante a cesariana, que é retirada após 12 horas. Mesmo assim, ainda pode demorar um pouco para a mulher fazer xixi, e as primeiras vezes costumam ser doloridas.

47. Quando o útero volta ao seu tamanho?
Geralmente, em seis semanas ele está como antes da gravidez. Nas primeiras 24 horas após o parto, graças às vigorosas contrações, ele já está na altura do umbigo.

48. Por que há um sangramento que parece menstruação depois do parto?
Você vai ter a sensação de que está menstruada para sempre, mas é mesmo assim – pelo menos nas primeiras duas ou três semanas, o útero sangra. Na verdade, é a área onde a placenta estava colada que despeja o sangue e pedaços de tecido, até se cicatrizar. São os chamados lóquios. No começo, eles são bem vermelhos, depois se tornam mais claros e, por fim, amarelados. Desaparecem lá pela sexta semana. Não há nada de errado nesse tempo longo. Só não podem ter cheiro forte ou ruim.

49. Por que dizem que amamentar dói mais em quem fez cesárea?
A amamentação é uma poderosa ajuda para o útero voltar ao tamanho normal e evitar hemorragias. Isso porque, ao dar de mamar você libera hormônios que estimulam as contrações do órgão – e, especialmente quando se passou por uma cirurgia, isso pode ser um pouco dolorido no início. A sensação é a mesma das cólicas menstruais.

50. Quando vou voltar ao meu peso normal?
Isso depende do quanto você engordou na gravidez. Estima-se que a mulher perca uns 5,5 kg logo após o parto, que seria a soma do peso do bebê, mais a placenta e o líquido amniótico, além da involução do útero. Outros 4,5 kg serão eliminados nas seis semanas seguintes. O restante é o excedente que você deverá perder, com ginástica, dieta adequada e muita, muita disciplina mesmo.
Parto: imprevistos que podem acontecer

51. Qual o poder de decisão da mulher sobre como será seu parto?
Aqui há que se ponderar dois aspectos: a vontade e a segurança de cada uma. A indicação do parto é médica, por excelência. Só isso já deixa claro a necessidade de haver um excelente relacionamento entre a grávida e seu obstetra. A mulher deve confiar que ele está tomando a decisão correta ao indicar o tipo de procedimento. É bastante comum um trabalho de parto iniciar bem, com tudo favorável a um parto normal, e alguma complicação obrigar a uma cesárea de emergência. A mulher tem de estar convicta de que seu médico está apto a reconhecer a necessidade da mudança de rota.

52. Dá para virar um bebê sentado?
É até possível. É quando se apela para as chamadas manobras de versão, que podem ser externas ou internas. Cá entre nós, são cada vez menos recomendadas hoje em dia. Nelas, o médico faz o reposicionamento manual do bebê. Mas atenção: podem ser extremamente dolorosas e só devem ser realizadas por um profissional muito bem treinado e habilitado – no caso de manobras externas, sempre no momento em que o bebê está pronto para nascer, nem sequer um minuto antes. Algumas grávidas, porém, não são candidatas ao procedimento. O médico precisa avaliar uma série de condições, como a posição exata do bebê e da placenta, para afastar riscos como sangramentos e até mesmo o descolamento da placenta. As manobras internas são um pouco diferentes, porque são realizadas durante o parto.

53. O que acontece se os médicos notam mecônio no líquido na hora do parto?
Quando a gestação começa a ficar prolongada, o bebê pode liberar suas primeiras fezes ainda no útero – o chamado mecônio. Sua presença sinaliza sofrimento fetal, que é facilmente apontado por um aparelho chamado cardiotocógrafo. Ele é responsável por monitorar as condições do bebê. Ao menor sinal de sofrimento, o médico parte para uma cesárea.

54. Como chegar ao parto com todos os riscos de complicação sob controle?
Em primeiríssimo lugar, você deve ter um bom relacionamento com seu médico. É ele quem vai indicar todos os exames e procedimentos necessários – e é preciso que você confie que ele esteja fazendo a coisa certa. Isso inclui pelo menos 14 consultas no pré-natal – sendo que, no último mês, elas devem ser semanais. E, no mínimo, um ultrassom no primeiro trimestre, outro no segundo e outro ainda no terceiro trimestre.

Humanizado, de cócoras, na água... Novos e velhos conceitos sobre o parto

55. O que é o parto Leboyer?
Na década de 1960, o francês Frederick Leboyer lançou a obra Pour une Naissance Sans Violence, que iniciou um movimento em defesa de uma forma menos violenta de nascer. O objetivo era tornar o parto mais tranquilo para o bebê, com pouca luz, silêncio, massagem nas costas em lugar da tradicional palmada para abrir seus pulmões, banho perto da mãe e amamentação precoce. Mas esse conceito em prol da criança não trouxe grandes mudanças para a mãe, que continuava parindo deitada, de costas, normalmente com as pernas presas.

56. Por que algumas mulheres querem um parto na água?
Foi na França que o obstetra Michel Odent começou a usar a banheira com água morna para aliviar as parturientes. O método ganhou o mundo, pois estudos mostram que ele, de fato, pode aliviar a tensão e a dor. O líquido quentinho estimularia a irrigação sanguínea, diminuiria a pressão e favoreceria o relaxamento muscular. Assim as dores ficariam mais suportáveis e a dilatação seria facilitada.

57. Quais as vantagens do parto de cócoras?
Não à toa, desde tempos ancestrais mulheres buscam essa posição instintivamente na hora de dar à luz. E vários estudos mostram que o parto de cócoras é mais rápido e mais cômodo graças à ajuda da gravidade. A postura alarga a pélvis, aumentando o diâmetro para a saída do bebê – o que diminui a necessidade de episiotomia. Além disso, garante melhor oxigenação à criança, pois o peso do útero não comprime a veia cava da mãe, responsável por transportar o oxigênio.

58. Qual a diferença entre o parto normal e o parto natural?
O parto natural é basicamente um parto normal – só que sem nenhuma intervenção, como anestesia, episiotomia e mesmo indução. O médico, ou a parteira, apenas acompanha e monitora a mãe e o bebê no hospital ou em casa. A mulher, no caso, é a agente de todo o processo.

59. O que faz uma doula?
Do grego “mulher que serve”, a palavra doula hoje é sinônimo de alguém que acompanha a mãe antes, durante e depois do parto, dando suporte físico e emocional. Ela não faz absolutamente nenhuma intervenção médica, mas ajuda a tranquilizar a mulher por meio de massagens, dando informações sobre procedimentos, indicando formas de aliviar a dor e, eventualmente, suavizando um ambiente mais frio do ponto de vista emocional. Há estudos que mostram o impacto positivo da presença de doulas, com menor incidência de cesáreas, do uso do fórceps, de analgesias e de episiotomias.

60. Afinal, o que é parto humanizado?
Aqui não estamos falando de um tipo de parto, mas de um conceito que surgiu da constatação de que algumas medidas melhoram sensivelmente as condições da mãe e do bebê. Para o Ministério da Saúde, significa que toda gestante tem direito de passar por pelo menos seis consultas de pré-natal, ter vaga garantida em hospital e acompanhante na hora do parto. A Organização Mundial da Saúde, por sua vez, preconiza algumas medidas que devem ser fortemente estimuladas, como o respeito à escolha da mãe sobre a posição em que quer ficar durante do trabalho do parto e na hora de expulsar o bebê, o contato precoce entre mãe e filho e amamentação na primeira hora de vida.




Parto: depoimentos


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 Normal? Cesárea? Quatro mães que já enfrentaram o momento de dar à luz dividem, com você, suas dúvidas e emoções, facilitando a sua escolha e aplacando a ansiedade
Planejei cesárea e foi normal
Quando engravidei da minha primeira filha, eu queria parto normal, mas, com zero de dilatação, me rendi à cesariana. Um ano e meio depois, estava grávida novamente. Todos os ginecologistas que visitei foram categóricos: com uma cesárea, o parto normal seria praticamente impossível. E me convenci de que meu destino era outra cirurgia. Na 37a semana, comecei a sentir uma cólica incômoda. Liguei para a médica, que mandou tomar um antiespasmódico. Estávamos perto do Natal e convoquei meu marido para irmos ao shopping. Na volta, notei que sangrava. Fomos para o hospital e lá a enfermeira constatou 2 centímetros de dilatação. O sangramento era consequência de uma bela encaixada do bebê. Voltei para casa, terminei a mala da maternidade e fui deitar. Aí, as contrações vieram para valer até que não aguentei. Sabe a cena do marido dirigindo como louco, furando sinal vermelho, com a mulher ofegante do lado? Aconteceu comigo. Foram cinco horas de trabalho de parto com todas as enfermeiras tentando me convencer a pedir pela cesárea. Resisti! Apesar da insegurança, encontrei forças para empurrar o bebê, e o “impossível” aconteceu diante dos meus olhos: minha filha nasceu de parto normal e ainda briguei para amamentá-la assim que nasceu. Hoje, sei que devia ter pesquisado mais antes de aceitar que a cesárea seria inevitável. Também me arrependo do hospital escolhido: todos ali pareciam decididos a me fazer desistir do que estava acontecendo de forma saudável e natural.
Priscilla Perlatti, 33 anos, designer e autora do blog Mãe de Duas, mãe de Stella, 5 anos, e Lia, 3 anos, de São Paulo

Planejei normal e foi cesárea
Nunca fui do tipo radical que condena cesariana. Mas, assim que confirmei a gravidez, senti que seria melhor ter um parto normal. Por mais que os médicos gostem de fantasiar a cesariana como uma coisa simples, não entrava na minha cabeça que corte, sangramento, cicatriz e anestesia fossem algo tão inofensivo. Assim, saí à caça de um obstetra que comprasse minha causa. Digo “saí à caça” porque descobri que, apesar das campanhas de incentivo ao parto normal, poucos médicos estão dispostos a encarar a maratona do trabalho de parto até o nascimento do bebê. Visitei vários até que encontrei um que aceitou minha ideia de parto normal. Mas também ele logo começou uma campanha pró-cesárea. Disse que o bebê era grande demais e que minha dilatação não seria suficiente para o parto normal. Falou que teria de cortar embaixo para abrir passagem e que a criança muitas vezes sofre nesse processo. Como assim? No quinto mês já dava para saber da minha dilatação ruim? Voltei para casa arrasada, em parafuso com tantas dúvidas. Meu marido disse que ficaria do meu lado qualquer que fosse a minha decisão. Resolvi encarar a cesariana, se fosse pelo bem da Yasmin. Quando a bolsa estourou, fui para o hospital, ainda com esperança de um parto normal. Quando cheguei, detectaram falta de dilatação e perguntaram se seria cesárea. Insegura, respondi que sim. Em pouco tempo estava na sala de cirurgia tremendo de medo. Só mais tarde, no quarto, com minha filha nos braços, as incertezas foram pelo ralo. Mas ficou a lição: na próxima vez, vou querer parto normal e não terei sangue de barata. Vou questionar o obstetra até o fim!
Talitah Sampaio Liten, 28 anos, estilista e empresária, mãe de Yasmin, 1 ano e 1 mês, de São Paulo

Quis e fiz cesárea
Na primeira gravidez, embora o medo da dor fosse grande, estava inclinada a tentar o parto normal. Próxima da 40a semana, porém, eu não tinha dilatação e precisei de cesárea. Tudo correu tão tranquilamente, que, ao engravidar de novo, nem cogitei outra opção. A obstetra apoiou minha escolha, mas me deu liberdade para mudar de ideia. Algumas semanas antes da data prevista para o parto, tive rompimento de bolsa e comecei a perder líquido. Avisei a médica e fui para o hospital. Lá fizeram um ultrassom e me mandaram para casa. Voltei, mas me sentia agitada. Eu havia passado a gravidez inteira me preparando psicologicamente para outra cesárea e não queria parto normal por nada deste mundo. Liguei de novo para a médica, e a secretária disse que ela estava a caminho do hospital para me examinar. Tinham me dispensado sem esperá-la. Revoltada, arrumei minhas coisas e voltei à maternidade. Cheguei lá já com contrações e fui para a sala de pré-parto para monitorarem o coração do Miguel. Meu marido notou quando houve uma queda brusca nos batimentos cardíacos do meu pequeno e avisou a enfermeira, que ligou pedindo para a médica se apressar, pois havia risco de sofrimento fetal. Assim que a obstetra chegou, outra decepção: a sala e os instrumentos cirúrgicos ainda não haviam sido preparados. No fim, fiz uma cesárea de emergência. Aí veio a parte chata: ficar na sala de recuperação, sozinha, pensando o tempo todo no meu baby. Nessa hora fiquei imaginando que, se tivesse feito parto normal, poderia já estar curtindo meu filhote. Mas esse grilo sumiu quando, mais tarde, segurei nos braços aquela criaturinha tão amada.
Simone Carvalho, 36 anos, administradora de empresas, mãe de Pietro, 6 anos, e Miguel, 2 anos, de São Paulo

Quis e fiz normal Eu e meu marido
somos adeptos da vida natural, sem intervenções que atrapalhem o ciclo das coisas. Portanto, não tinha dúvida: queria um parto natural, humanizado e em casa. Comecei o pré-natal com uma médica que, teoricamente, era a favor do parto natural. Mas, como o homeopata já havia me alertado que muitos profissionais se mostram entusiastas do parto natural e, no fim, convencem a gestante a fazer cesariana, decidi questioná-la. Ela não sabia nem o que era doula e aí troquei de médico. Com a ajuda do novo obstetra – esse sim com experiência em partos naturais –, encontramos uma doula maravilhosa. Eu e meu marido tínhamos definido que seria um PDS, ou seja, um parto domiciliar secreto, onde apenas o casal, a doula e o médico estão presentes. E, para manter o segredo, precisávamos confiar nos profissionais que nos amparavam. Com 38 semanas, senti cólicas fortes e liguei para a doula. Era o início do trabalho de parto. Quando ela chegou, eu estava com quase 5 centímetros de dilatação. Em uma hora, a dilatação pulou para 8 centímetros, e o obstetra também já estava lá. A dor era grande e, em dado momento, me pus de quatro e não saí mais dessa posição. Foi a maneira menos dolorosa que encontrei. Quando Helena veio ao mundo, fiquei maravilhada! Peguei-a no colo e amamentei. Saí da experiência fortalecida. Não mudaria nada e aconselho as mães que desejam o parto natural a lutar por ele. Ainda há muito preconceito por parte dos médicos, mas ter o bebê de forma saudável, sem cortes e sustos, não tem preço! Tanto que minha segunda filha, a Aurora, nasceu da mesmíssima maneira.
Ligia de Sica, 30 anos, empresária, mãe de Helena, 3 anos, e Aurora, 1 ano, de São Paulo

Palavra de médico
Os defensores do parto vaginal – normal (que pode incluir anestesia e soro) ou natural (sem nenhuma intervenção) – têm como argumentos menor mortalidade e recuperação mais rápida da mãe. Mas o medo da dor, o desejo de conforto e a conveniência dos médicos impulsionam o placar das cesarianas, transformando o Brasil em recordista mundial de partos cirúrgicos. A Organização Mundial da Saúde recomenda que apenas 15% dos partos sejam por cesárea. Segundo o Ministério da Saúde, porém, temos 26% de cesarianas da rede pública e 80% nos partos por convênios. Às vezes, a cirurgia é inevitável. “É o caso da gestação com diabetes mal controlada ou em que o bebê se encontra sentado ou atravessado”, diz o obstetra Marcio M. Kondo, professor da Universidade de São Paulo. A essa lista, somam-se ainda casos de bebês acima de 4 quilos, doença hipertensiva da gravidez, contaminação por HIV, problemas placentários e sofrimento fetal. Quem já passou por duas cesáreas anteriores também não tem opção. Nas demais circunstâncias, indica-se o parto vaginal. “Mas a palavra final é sempre da mãe”, informa Eduardo Cordioli, coordenador de obstetrícia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
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